No dia 4 de outubro de 2018 foi inaugurada a exposição Mãe Preta a sua etapa paulista. Tendo iniciado no Rio de Janeiro em 2015, em meio á discussão sobre a memória da escravidão na cidade por conta dos achados da memória africana da cidade durante a preparação da cidade para as Olimpíadas de 2016, o projeto já está na sua terceira edição. O projeto foi desenvolvido a convite da Galeria Pretos Novos de Arte Contemporânea em 2016, que fica localizada em um sobrado sob o qual está o Cemitério dos Pretos Novos, um marco do Circuito de Memória e Herança Africana na zona portuária do Rio. O projeto viajou para o Palácio das Artes em Belo Horizonte em 2017, com adições de novas obras que respondem à memória da escravidão em Minas, e pelo edital Funarte Conexão e Circulação 2016, chega a São Paulo e depois viaja para São Luiz do Maranhão em dezembro.
Para São Paulo, a dupla criou uma obra que relembra a história do Monumento Mãe Preta, hoje localizado no Largo do Paissandu, através de fotos e de matérias de jornal da imprensa negra dos anos 20 acerca das tentativas de financiamento para um monumento e um feriado dedicados á figura simbólica da Mãe Preta, projeto que vingou parcialmente décadas depois nos anos 50.
Para o Maranhão, a dupla fez uma viagem de pesquisa para os quilombos localizados próximo á capital e registrou a prática dos parteiros e parteiras da encantaria maranhense. Na exposição vê-se retratos das parteiras e lideranças quilombolas, e pode-se ouvir o canto das caixeiras encantadas em uma obra em video.